A desaceleração da economia chinesa no terceiro trimestre ainda não gera impactos imediatos no Brasil, mas se esse cenário persistir a longo prazo, pode afetar investimentos e exportações brasileiras. Como uma primeira medida para reaquecer a economia, o Banco do Povo da China reduziu as taxas de juros a partir de 21 de outubro.
A China registrou um crescimento de 4,6% do PIB anualizado no terceiro trimestre, o menor avanço em um ano e meio. Conrado Ottoni Baggio, professor de relações internacionais, explica que essa leve desaceleração não é motivo de preocupação no curto prazo, mas pode trazer incertezas quanto a projetos de infraestrutura no Brasil.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009, e em 2023 as exportações brasileiras para o país ultrapassaram US$ 100 bilhões. Especialistas apontam que o crescimento chinês pode abrir novas oportunidades de comércio, especialmente em produtos de maior valor agregado, como carnes e café premium.
Setores como mineração e commodities, que incluem soja, minério de ferro e petróleo, se beneficiam do crescimento chinês, mas a desaceleração no mercado imobiliário da China, que está se recuperando de uma crise, preocupa. O governo chinês, no entanto, tem adotado medidas para limitar os efeitos dessa desaceleração, como a redução de juros e incentivos ao setor imobiliário.
Ainda é incerto se essas ações serão suficientes para estabilizar a economia chinesa, com especialistas prevendo uma análise mais clara até o final do ano.
Fonte: UOL
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