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Foto do escritorEconomia Essencial

Ibovespa encerra em alta após elevação da nota de crédito do Brasil por agência.

Atualizado: 16 de out.

Os mercados dos Estados Unidos encerraram o dia com leve alta, enquanto o dólar comercial caiu 0,36%, sendo cotado a R$ 5,44.


O Ibovespa seguiu o movimento positivo do dia anterior e subiu 0,77%, encerrando em 133.514,94 pontos, um acréscimo de 1.019,78 pontos em relação ao dia anterior. A alta, no entanto, ficou distante do pico registrado na sessão, de 134.921,66 pontos, representando uma variação de mais de 1.500 pontos entre a máxima e o fechamento.

O dólar comercial fechou em queda de 0,36%, a R$ 5,44, afastando-se das mínimas do dia. Já os juros futuros (DIs) apresentaram pouca variação, mantendo-se próximos da estabilidade.


Vários fatores influenciaram os mercados: as tensões no Oriente Médio, a greve dos trabalhadores portuários nos EUA, a volatilidade do preço do petróleo e o aumento da classificação de crédito do Brasil pela agência Moody’s, que ocorreu após o fechamento do mercado no dia anterior.


Embora esses acontecimentos tenham afetado as bolsas, Wall Street permaneceu relativamente estável, com investidores adotando uma postura cautelosa diante das incertezas geopolíticas e à espera do relatório de empregos dos EUA (payroll), que será divulgado na sexta-feira (4).

Telão de Índices na B3

Elevação do Rating


No Brasil, a elevação da nota de crédito, aproximando o país do grau de investimento, gerou bastante discussão. Enquanto o governo comemorou a novidade, o mercado teve opiniões divididas. O economista-chefe da Exploritas, Andrei Spacov, criticou a decisão, afirmando que as agências de rating estão olhando mais para o passado do que para o futuro.


A surpresa veio especialmente pelo fato de a avaliação positiva ter sido baseada na melhora fiscal, um ponto historicamente frágil da economia brasileira. A Ágora Investimentos destacou que, apesar da elevação, há desconforto com a decisão do governo de reduzir o contingenciamento de gastos e focar na parte inferior da meta de superávit primário, o que pode ser arriscado caso o crescimento desacelere.

Ainda assim, o mercado reagiu de forma positiva. O Ibovespa chegou a subir mais de 1,7% durante o dia, antes de desacelerar.


Destaques do Ibovespa


No campo das ações, a Petrobras (PETR4) teve um dia positivo, subindo 1,38%, impulsionada pela alta no preço do petróleo internacional. As empresas menores do setor de petróleo tiveram resultados mistos: PRIO (PRIO3) caiu 0,32%, enquanto Petrorecôncavo (RECV3) subiu 1,92%, e Brava (BRAV3) recuou 2,28%.


A Vale (VALE3) registrou sua segunda alta consecutiva, com ganhos de 0,55%, enquanto a CSN Mineração (CMIN3) avançou 3,09%. No setor siderúrgico, Gerdau (GGBR4) subiu 1,25%, sendo a ação mais negociada do segmento.


No setor financeiro, Bradesco (BBDC4) se destacou com alta de 3,59%. Outros bancos também tiveram desempenho positivo: Banco do Brasil (BBAS3) subiu 0,26%, Itaú Unibanco (ITUB4) ganhou 0,62%, e Santander (SANB11) avançou 1,89%. A B3 (B3SA3) fechou com alta de 2,15%.


MRV (MRVE3) seguiu a alta do dia anterior, subindo 4,23%, impulsionada por recomendação de um grande banco. A Azul (AZUL4), que havia caído na sessão anterior, recuperou parte das perdas, subindo 4,87%.


No entanto, nem todas as ações terminaram em alta. Vamos (VAMO3) liderou as perdas, caindo 6,66%, enquanto Embraer (EMBR3) recuou 1,70%.


Embora o Ibovespa tenha começado outubro com dois dias consecutivos de alta, o cenário global permanece incerto, com as tensões geopolíticas, variações nos preços das commodities e a revisão de notas de crédito ainda influenciando o mercado.


Fonte: InfoMoney

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