O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou um pacote de US$ 8 bilhões em ajuda militar à Ucrânia, nesta quinta-feira (26), como parte dos esforços para fortalecer a defesa de Kiev contra a invasão russa. O anúncio foi feito durante a visita do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a Washington.
Entre os itens incluídos no pacote está a primeira entrega da bomba guiada Joint Standoff Weapon, que possui um alcance de até 130 km. Essa arma de médio alcance permitirá à Ucrânia atacar as forças russas com mais precisão e segurança, sem entrar em território russo. Além disso, o pacote inclui sistemas de defesa aérea adicionais, drones e munições, assim como apoio à manutenção e reforço da indústria militar ucraniana.
Do montante, US$ 5,5 bilhões devem ser liberados até o final do ano fiscal nos EUA, enquanto US$ 2,4 bilhões virão através da Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia, que permite a compra direta de armamentos de empresas, em vez de usar os estoques do Exército americano.
Biden também anunciou o envio de mais uma bateria de defesa aérea Patriot para a Ucrânia e a expansão do treinamento de pilotos ucranianos em caças F-16. Ele reforçou o compromisso dos EUA em coordenar esforços internacionais para ajudar a Ucrânia, participando de uma reunião com mais de 50 países aliados no próximo mês, na Alemanha.
No entanto, a visita de Zelensky foi marcada por críticas de alguns líderes republicanos, incluindo o ex-presidente Donald Trump. Durante sua campanha, Trump criticou o apoio contínuo dos EUA à Ucrânia, alegando que Zelensky se recusou a negociar um acordo de paz. Além disso, a recente visita de Zelensky a uma fábrica de munições na Pensilvânia gerou insatisfação entre congressistas republicanos, levando o Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes a abrir uma investigação sobre a viagem.
O apoio bipartidário à defesa da Ucrânia continua forte, mas a visita de Zelensky ao Capitólio não contou com a participação de alguns republicanos, refletindo as divisões internas sobre o papel dos EUA no conflito.
Fonte: CNN Brasil
Comments